Parabéns, Saudade. Muitos anos de vida.

Oi, coméquetá?

É, hoje é dia 31 de maio. Se ele tivesse aqui eu ia ter acordado, ele já estaria acordado há muito tempo e ia estar no sofá (como sempre), eu ia dar um abraço nele, desejar um feliz aniversário e começar a me arrumar pra trabalhar (e caçar alguma camisa do Santos ou um Raider pra dar pra ele).

Mas, infelizmente, eu só passei 22 trinta e uns de maio com ele e, desde 2011, esse dia virou um dia em que eu já acordo com os olhos lacrimejando e passo o dia assim.

Ele tinha seus defeitos, óbvio, mas ele foi o melhor que ele pôde ser pra mim e nunca vai haver homem no mundo que me ame mais do que ele me amou. Todo mundo fala que se eu pedisse pra cagar na cabeça dele, ele deixava e ia achar a coisa mais linda do mundo. Porque foi a baixinha dele quem fez. Pra ele eu nunca estava errada, onde já se viu a menininha dele estar errada, o mundo todo tava errado, menos eu.

Ele não era muito bom em conselhos, mas era ótimo em dar um colo pra eu deitar a cabeça quando eu não estava bem. E hoje, tudo o que eu queria, era o colo dele pra eu deitar a cabeça e falar que a falta que eu sinto dele é imensurável. Ou ele me ligando pra perguntar se eu tinha levado blusa, ou pra avisar que ia dar uma garoadinha no fim do dia (no fim a garoadinha era uma chuva de parar a cidade). Mas não importa, o que importava é que ele tava sempre preocupado comigo.

Eu fui a baixinha dele até o último dia, mesmo eu sendo mais de 10 cm mais alta que ele quando ele se foi. E, bom, eu sei que eu vou ser a baixinha dele pra sempre.

Feliz aniversario, Pai.

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